quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Brick Lane e Spitalfields Market







Alguns posts atrás, falei aqui do The Sartorialist, um site de fotos de people watching que eu adoro. Bom, andando por Brick Lane e pelos seus becos, percebe-se que estamos em um cenário recorrente desse site e de tantos outros fotógrafos que buscam pessoas estranhas/interessantes/criativas (ou todas as opções) para postar sobre. Tanto é verdade que lá eu vi um senhor que passeava calmamente com seu coturno vermelho, bombacha de tweed e bengala de caveira ser abordado para aparecer em blog qualquer. Eu achei o máximo, meus pais acharam ridículo.

Enfim, vamos começar do começo. Saindo da estação de metrô, tudo parece muito normal e londrino, mas, ao nos enfiarmos pelas ruelas escondidas atrás dos Starbucks e KFC's, as coisas mudam e muito. Elas são pequenas, estreitas e o tipo de lugar em que você provavelmente se imagina encontrando Jack The Ripper ou qualquer outro maníaco, só que, ao invés disso, encontramos lojas de antiguidades e afins. E restaurantes indianos, um do lado do outro por uns dois ou três quarteirões. Sair de lá cheirando a curry faz parte do passeio.

Alguns quarteirões antes de chegar em Brick Lane, tem o Spitalfields Market. Parece um pouco com as feirinhas que nós temos pela Vila Madalena e pela Paulista, só que as coisas lá são mais inglesas (du'h). Comprei um brinco de pressão lindo, é uma orquídea negra do tamanho de uma moeda de um real, e ano passado eu comprei o meu cardigan favorito lá também, um todo florido que devia ser de uma criança de uns 7 anos de idade. A minha barraca favorita, porém, é uma com vários livros do The Clash, Blondie, The Jam... Tinha discos também, mas, como sempre, essa foi a parte de maior interesse do meu irmão enquanto a minha foi a dos livros.

Na própria Brick Lane você vê muita coisa, mas as duas lojas mais legais que eu encontrei estavam nos becos ali perto. A primeira delas se chama Rough Trade, um galpão com livros de fotografia, discos, cds e, para a minha enorme alegria, uma photobooth. Lembra um pouco a loja de High Fidelity (alugue já se você nunca assistiu), mas mais moderna. A outra se chama Absolutely Vintage, também um galpão, só que inteirinho de roupas, sapatos, bolsas e acessórios de segunda mão. Tudo lá é demais, só que é bom reservar um bom tempo para ficar por lá se quiser comprar alguma coisa... Tem que garimpar bem. Ah, e não pode tirar foto lá dentro, o que eu achei uma chatice gigantesca! A loja tem uma “irmã” alguns quarteirões a frente, chama-se Blondie. A diferença entre as duas é que a Blondie tem mais artigos de marca do que a outra e, consequentemente, é mais cara.