segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011






O mundo da moda e das imagens mudou muito nos últimos 60 anos. Tecnologia, liberdade, manifestos, a mini-saia de Mary Quant, os ternos de Yves Saint Laurent, as roupas rasgadas nos desfiles de Balmain, Madonna, os superlativos anos 80, o extremo minimalismo dos últimos anos do século passado...

Digo com frequência que eu nasci em uma época que não é a minha. Aprecio a elegância das grandes atrizes do passado, o uso (e não o abuso) de brincos de pérolas e batom vermelho, um pique-nique ao sol, um vestido acinturado com a saia rodada, o cavalheirismo, um bom livro, uma fotografia envelhecida ou cores levemente desbotadas. Isso me rendeu, ao longo dos anos, apelidos associados à velhice, mas, e agora entro no tema deste post, mesmo que praticamente tudo tenha mudado, porque ser feminina, da maneira que for, hoje em dia significa ser antiquada?

A procura por um espaço na sociade fez a mulher se aproximar cada vez mais aos homens e isso me incomoda um pouco. Podem me chamar de velha, podem me apelidar do que for, mas vamos combinar que não há nada mais bonito do que as mulheres como as encontramos nos filmes de Godard.

Acinture, rode, coloque aquela maquiagem. Não estou falando que, para encontrar beleza, teríamos que abandonar as calças, os tênis surrados, os coturnos ou as camisetas de rock. Cada qual tem seu estilo e a sua forma de se mostrar ao mundo, mas só acho uma pena ver como as nossas vidas se distanciam cada vez mais do nosso lado feminino... Acredito no perfume bem passado, na elegância do andar, na valorização de nossas formas! Abracemos a modernidade sem esquecer de Chanel, dos romances de Jane Austen, de Brigitte Bardot ou de Anouk Aimée. Pode ser com a moda militar, o look cocaine, ao beber cerveja em uma calçada da Vila Madalena... O que for, mas com a classe e o charme que, em um dia distante, distante, foram dados à nos mulheres.

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