segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Fabulously British






Ano passado eu fui apresentada à Jack Wills por um amigo do meu pai que, depois de ver que eu usava minhas queridíssimas Dr. Martens, não se deu por satisfeito até me levar lá para que eu pudesse dar uma olhada. Ele começou dizendo que ela é a resposta londrina para lojas como a Hollister e Abercrombie & Fitch e a partir deste exato momento eu passei a seguí-lo por pura educação.


Hoje em dia, usar Abercrombie é quase tão batido e cafona quanto passar a tarde batendo perna no Iguatemi: fazemos, ok, só que não publicamos no twitter. Se usassem uma peça ou outra, ok, ou se nem toda blusa fosse um enorme outdoor, ok, mas a célebre “less is more” não cabe aqui. Essas gangues uniformizadas de Justin Biebers e Hannah Montanas vestidos dos pés à cabeça em logotipos variados me incomodam. Roupas são a forma com que nos apresentamos ao mundo, nossa própria forma de publicidade e expressão, mas essa massificação apenas exala... Abercrombie.


Como vocês podem imaginar, não estava lá muito animada para conhecer a tal da loja que o amigo do meu pai queria me apresentar, mas eu deveria ter sacado que qualquer coisa associada à Dr. Martens seria, no mínimo, interessante. Além do mais, ele disse resposta londrina.


A loja é o máximo. Eu não me lembro a última vez que fiquei tão deslumbrada, correndo de estante em estante, querendo experimentar tudo, levar tudo. Tem de tudo que vocês possam imaginar, desde vestidos de festa até camisinha com estampa liberty. A decoração brinca com clássicos ingleses de uma maneira enormemente divertida, como se vários jovens tivessem invadido a casa de um Lorde inglês e pintado tudo. Passeando pelas araras, dá até ver a semelhança com as suas primas americanas, mas quando encontramos as calças de tweed, as jaquetas estilo Jimi Hendrix e os casacos xadrez de inverno nós somos imediatamente lembrados de que, pronto falei, ingleses do it better.

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